Bióloga, eximia exploradora, habituada a conquistar o impossível, é a ministra mais jovem da história da Angola.
Nomeada no início de março, pelo Presidente da República de Angola, João Lourenço, Adjany Costa tem uma difícil missão pela frente. Além de ser a mais jovem ministra da história de Angola, com apenas 30 anos, Adjany assume um superministério com três pastas: Cultura, Turismo e Ambiente.
A junção, forçada pela contenção do orçamento do governo angolano por conta da pandemia do covid-19, não assusta a superministra que ao assumir as pastas declarou seu compromisso e empenho no cargo. “O orçamento vai ser único. Com a situação que estamos a viver vai haver um corte ainda maior, mas vai haver negociações e vamos ver o que se pode fazer. São três setores gigantes, universais, que agora vão trabalhar juntos, por isso, o orçamento vai ser reduzido”.
De acordo com a superministra, uma das prioridades é fazer uma reestruturação orgânica e identificar os objetivos comuns. “Como o orçamento vai ser único e limitado, há que se criar um mecanismo para que os três setores se desenvolvam em simultâneo e em equilíbrio. Criando, por exemplo, um patamar de excelência para o Turismo baseado na integridade e proteção dos ecossistemas, ressaltou.
Uma grande responsabilidade para a jovem bióloga que nunca recusou um desafio. Natural da província do Huambo, bióloga, com mestrado e doutorado em Práticas Internacionais de Conservação da Vida Selvagem pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em 2017, foi a única mulher numa equipe de homens da National Geographic. À época, diretora do projeto da National Geographic Okavango-Zambeze, percorreu cerca de 2,5 mil quilómetros ao longo da bacia do rio angolano Okavango, passando por Angola, Namíbia e Botsuana. Expedição cientifica que durou quatro meses.
Em 2019, pelo trabalho desenvolvido na conservação de água e biodiversidade do país, venceu o prémio Jovens Campeões da Terra, atribuído pelas Nações Unidas a ambientalistas entre os 18 e os 30 anos de idade.
Adjany que se dedicou a conservar as belezas naturais do seu país, tem agora a difícil missão de equilibrar a preservação destas riquezas, com a sua exploração turística e cultural. Um equilíbrio difícil, que pretende vencer com o espírito inovador da juventude angolana.