Prefeitura do Rio de Janeiro lança projeto para inserir mulheres que enfrentam processos judiciais de violência doméstica no mercado de trabalho
O projeto Novos Rumos, lançado na última quarta-feira (14), pretende proporcionar um recomeço para a mulher vítima de violência doméstica inserindo-a no mercado de trabalho formal. Neste sentido, será oferecido um selo de responsabilidade social para as empresas que oferecerem vagas para mulheres nesta situação. O objetivo é de promover a autonomia financeira dessas mulheres por meio da inserção no mercado de trabalho formal, a fim de ajudá-las a encerrar o ciclo de violência doméstica.
A iniciativa reúne as secretarias municipais de Trabalho e Renda (SMTE), de Políticas e Promoção da Mulher, além do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), que indicarão as candidatas às vagas de emprego. Para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, as mulheres vítimas de violência buscam socorro no sistema judiciário e é importante que a prefeitura também possa ajudar no acolhimento e encaminhamento dessas pessoas: “Se a mulher consegue se emancipar, ter o seu trabalho, o seu emprego, a sua renda e proteger seus filhos, ela se livra desse ciclo de violência”, ressaltou
Por sua vez, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, destacou que, nos dias atuais, situações de extrema dificuldade social têm um reconhecimento maior, sendo importante que todos os agentes públicos, com suas equipes, estejam envolvidos na busca por soluções. “O projeto é de uma importância fundamental, ele coloca mulheres com dificuldades em condições de se reerguerem depois de uma frustração gigantesca a fim de que elas quebrem esse ciclo de violência”, afirmou.
A presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Coem), desembargadora Suely Lopes Magalhães, enfatizou a importância da união para o enfrentamento da violência doméstica. “O Novos Rumos é um projeto de uma grandeza que o estado do Rio de Janeiro está de parabéns. Vamos começar com nossa cidade, mas sei que ele vai caminhar por novos rumos, tomar outras direções em outras comarcas”, disse a magistrada.
acredita que a parceria do Tribunal de Justiça com a prefeitura vai possibilitar que mais mulheres tenham coragem para denunciar as agressões de que são vítimas, por saber que terão políticas de acesso à autonomia econômica. Segundo ela, um dos principais motivos que impedem a mulher de sair da situação de violência doméstica é justamente a dependência financeira. “Nossos equipamentos e serviços estão prontos para atendê-las e encaminhá-las às novas oportunidades de trabalho e na construção de uma cidade segura para as mulheres”, disse.