Janja participou da sessão do Senado em homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Em seus discursos, durante a sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira, 8, a primeira-dama, Janja da Silva, e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, criticaram a pouco participação feminina no Congresso Nacional.
No Brasil, apesar das mulheres serem mais da metade da população brasileira, elas representam menos de 20% do Legislativo federal no país (17,3% da Câmara dos Deputados e 18% do Senado).
“Um século depois de Bertha Lutz ter organizado a luta pelo direito ao voto, seguimos tendo que repetir que precisamos estar representadas nos espaços de decisão. […] Temos que comemorar o avanço da representatividade das mulheres no Congresso, mas ainda estamos abaixo da média mundial, que é de 26% dos assentos nos parlamentos”, declarou a primeira-dama, Janja da Silva.
“A igualdade continua a se fazer necessária, considerada a sub-representação feminina neste parlamento a partir da perspectiva masculina a respeito da mulher. Igualdade formal na lei, não igualdade substancial. Igualdade efetiva”, afirmou a presidente do STF, Rosa Weber.
Além de pontuar a baixa representatividade feminina no Congresso, Janja declarou que tem sido alvo de mentiras e ataques à honra.
“Cada uma das mulheres aqui sabe as dificuldades do dia a dia da política. Tenho sido o principal alvo de mentiras e ataques à honra e ameaças nas redes sociais. Até mais que o presidente. Sei que muitas de vocês também passam por isso. A mesma terrível experiência de ver seu nome, seu corpo e sua vida expostos de maneira mentirosa”.
Na sessão, a primeira-dama, Janja, a ministra Rosa Weber e outras mulheres receberam o Diploma Bertha Lutz. Prêmio concedido pelo Senado a pessoas que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher e questões do gênero no país.