Igualdade de gênero em Guiné-Bissau

Apesar dos esforços, a igualdade de gênero ainda está longe de ser realidade para as mulheres guineenses

Na Guiné-Bissau, a desigualdade entre homens e mulheres é notória e reconhecida pelas autoridades, que depois de várias pressões das organizações feministas, decidiram submeter ao Parlamento do país a aprovação de uma lei para reverter a situação. Mas apesar da promulgação da lei de paridade, em dezembro de 2018, pelo então presidente José Mário Vaz, a participação das mulheres na política guineense é considerada longe do desejado.

Nas últimas eleições legislativas de 2019, 14 mulheres foram eleitas deputadas, enquanto o atual Governo da Guiné-Bissau, com 32 pastas, conta com sete mulheres – três ministras e quatro secretárias de Estado. O número não atinge a participação mínima de 36% previstos na lei da paridade.

Para a dirigente da organização feminina “MIGUILAN”, e uma das promotoras da lei da paridade, Tânia Pereira, o desenvolvimento sustentável do país só será possível com a garantia dos direitos das mulheres a todos os níveis. “É importante que as leis existentes que protegem as mulheres, tais como a lei da paridade, da violência baseada no género, da terra e outros, sejam compreendidas, respeitadas e implementadas para o bem das mulheres e para o bem das comunidades”, afirma.

Atualmente, as mulheres guineenses têm uma “ampla contribuição” para a sociedade e as famílias, desenvolvendo atividades de vária ordem, principalmente na horticultura e no comércio informal, levantando todos os dias, nas primeiras horas da manhã, à procura dos produtos de venda. Contudo, ainda se queixam de falta de espaço para a sua afirmação napolítica e na sociedade.

“A meu ver, a questão já não está em homens nos darem espaço, mas sim em mulheres ocuparem o espaço que é delas com afinco e competência, como têm feito nos outros setores de atividade”, considera Tânia Pereira.

Fonte: Com informações da DW

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